Duas manifestações populares que ocorreram durante essa semana me chamaram atenção.
Em Porto Alegre teve "Beijaço Gay" - casais homoafetivos beijavam-se na Esquina Democrática diante do assombro e curiosidade dos passantes que algumas vezes paravam para assisitir.
"O “beijaço gay” pediu a aprovação, pelo Congresso Nacional, de um projeto de lei que trata a homofobia como crime, tal como acontece com o racismo. “A liberdade de expressão sexual é um direito das pessoas. O STF aprovou a união entre os homossexuais, mas eles ainda não podem andar na ruas por estarem sujeitos a agressões”, afirmou o coordenador do Diretório Central de Estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Matheus Gomes".
Em São Paulo ontem foi organizada a Marcha da Maconha com o objetivo de trazer à tona a discussão sobre a descriminalização da maconha. Os manifestantes foram impedidos de marchar pelo judiciário que fez valer a sua vontade através da ação da Polícia Civil.
Muitos dirão que essas duas questões não deveriam ser colocadas lado a lado. Concordo plenamente que as lutas são distintas. Ambas, porém tem em comum o rechaço imediato que provocam em alguns meios da nossa sociedade.
O que eu vejo são dois grupos marginalizados dizendo NÃO para o lugar comum aonde foram jogados; dois grupos que querem sair dos becos, do escuro, das margens e estão dispostos a mostrar a cara à luz do dia, nos centros da cidade, contra todas as caras feias e narizes virados, contra toda violência verbal e até mesmo física a que são sujeitados.
Vejo dois grupos querendo expressar suas opiniões e expôr os seus valores, que podem até ser questionados, mas não deveriam ser calados ou inibidos.
Quantas oportunidades de diálogos poderiam e ainda podem surgir dessas manifestações? De que forma as universidades e as políticas públicas podem trabalhar escutando o que esses jovens têm a dizer, ouvindo suas reinvindicações e tratando-as com seriedade e respeito.
Acredito que muitos desses jovens estão mais capacitados a refletir sobre as questões que os envolvem do que alguns dos nossos lideres no Congresso, tão preocupados em debater o que é "normal" no âmbito privado.
Torço para que encontremos formas de dialogar... e que para isso estejamos dispostos a enxergar esses rostos ainda novos e ouvir o que eles e elas têm a nos dizer.
Vamos aguardar o que mais vem por aí...
Em Porto Alegre teve "Beijaço Gay" - casais homoafetivos beijavam-se na Esquina Democrática diante do assombro e curiosidade dos passantes que algumas vezes paravam para assisitir.
"O “beijaço gay” pediu a aprovação, pelo Congresso Nacional, de um projeto de lei que trata a homofobia como crime, tal como acontece com o racismo. “A liberdade de expressão sexual é um direito das pessoas. O STF aprovou a união entre os homossexuais, mas eles ainda não podem andar na ruas por estarem sujeitos a agressões”, afirmou o coordenador do Diretório Central de Estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Matheus Gomes".
Em São Paulo ontem foi organizada a Marcha da Maconha com o objetivo de trazer à tona a discussão sobre a descriminalização da maconha. Os manifestantes foram impedidos de marchar pelo judiciário que fez valer a sua vontade através da ação da Polícia Civil.
Muitos dirão que essas duas questões não deveriam ser colocadas lado a lado. Concordo plenamente que as lutas são distintas. Ambas, porém tem em comum o rechaço imediato que provocam em alguns meios da nossa sociedade.
O que eu vejo são dois grupos marginalizados dizendo NÃO para o lugar comum aonde foram jogados; dois grupos que querem sair dos becos, do escuro, das margens e estão dispostos a mostrar a cara à luz do dia, nos centros da cidade, contra todas as caras feias e narizes virados, contra toda violência verbal e até mesmo física a que são sujeitados.
Vejo dois grupos querendo expressar suas opiniões e expôr os seus valores, que podem até ser questionados, mas não deveriam ser calados ou inibidos.
Quantas oportunidades de diálogos poderiam e ainda podem surgir dessas manifestações? De que forma as universidades e as políticas públicas podem trabalhar escutando o que esses jovens têm a dizer, ouvindo suas reinvindicações e tratando-as com seriedade e respeito.
Acredito que muitos desses jovens estão mais capacitados a refletir sobre as questões que os envolvem do que alguns dos nossos lideres no Congresso, tão preocupados em debater o que é "normal" no âmbito privado.
Torço para que encontremos formas de dialogar... e que para isso estejamos dispostos a enxergar esses rostos ainda novos e ouvir o que eles e elas têm a nos dizer.
Vamos aguardar o que mais vem por aí...
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