Tristeza é algo que não se deseja, que não se sonha, que não se busca, não é um ideal que almejamos, felicidade, sim.
A tristeza é aquela visita indesejada que chega sem avisar e vai invadindo o seu espaço até tomar conta de tudo. Dependendo da recepção e do trato que damos à ela, pode ficar algumas horas, dias, meses, anos ou até fazer morada em nós.
Li recentemente algo do tipo: "voce não pode evitar que o pássaro da tristeza pouse sobre sua cabeça, mas pode impedi-lo de fazer ali o seu ninho".
Por isso, quando a tristeza se aproximar o melhor é não ser gentil com ela, tampouco aconselho a ser indiferente pra que ela não volte outro dia ainda mais amargurada.
Eduard Hopper, pintor que gosta de retratar cenas de melancolia, diz que pra se sentir alegria é preciso compreender a tristeza. Porque toda emoção altera nossa forma de pensar e interpretar. Ele afirma que, em última análise, a tristeza é um estado emocional complexo que nos ajuda a definir nossos conceitos e valores fundamentais.
Rubem Alves ao falar sobre o tema cita a teóloga Dorothee Sölle para quem "a presença divina nunca é presença observadora: a presença divina é sempre dor ou alegria de Deus. Mas, o que distingue a tristeza divina das tristezas do mundo? pergunta o apóstolo dos gentios. Tristeza do mundo é tristeza que gira em torno de si mesma, patina sem sair do lugar. É tristeza que paralisa no remorso, na lástima, no mórbido ruminar as faltas passadas, na lamuria sem fim. Nada se transforma, nada se metamorfoseia, nada muda. É tristeza que não conhece a esperança, o futuro, por estar afogada no passado. É Tristeza que mata, que corrói, que faz adoecer. Como exemplo, atente-se às tristezas próprias do mundo da aparência: a anorexia, a bulimia, sofrimento de um corpo que morre para parecer belo. Ou a tristeza do consumo: esse mal-estar diabólico que leva do nada a lugar nenhum. A tristeza da guerra, da destruição que faz morrer a palavra e perpetua o ódio.
A tristeza segundo Deus, porém, produz mudança, movimento, superação, transformação, produz vida. É tristeza que não patina nas culpas, mas avança na responsabilidade. Tristeza de parturiente, que traz a esperança e o futuro no ventre. É tristeza que gera a sagrada ira, a santa indignação, o grito, a libertação."
Em tempos onde se vende a felicidade como um bem de consumo e cujo modelo de "sucesso na vida" é um sorriso do tipo propaganda de creme dental, é bom saber que um pouco de tristeza e melancolia não faz mal a ninguém.
A tristeza é aquela visita indesejada que chega sem avisar e vai invadindo o seu espaço até tomar conta de tudo. Dependendo da recepção e do trato que damos à ela, pode ficar algumas horas, dias, meses, anos ou até fazer morada em nós.
Li recentemente algo do tipo: "voce não pode evitar que o pássaro da tristeza pouse sobre sua cabeça, mas pode impedi-lo de fazer ali o seu ninho".
Por isso, quando a tristeza se aproximar o melhor é não ser gentil com ela, tampouco aconselho a ser indiferente pra que ela não volte outro dia ainda mais amargurada.
Eduard Hopper, pintor que gosta de retratar cenas de melancolia, diz que pra se sentir alegria é preciso compreender a tristeza. Porque toda emoção altera nossa forma de pensar e interpretar. Ele afirma que, em última análise, a tristeza é um estado emocional complexo que nos ajuda a definir nossos conceitos e valores fundamentais.
Rubem Alves ao falar sobre o tema cita a teóloga Dorothee Sölle para quem "a presença divina nunca é presença observadora: a presença divina é sempre dor ou alegria de Deus. Mas, o que distingue a tristeza divina das tristezas do mundo? pergunta o apóstolo dos gentios. Tristeza do mundo é tristeza que gira em torno de si mesma, patina sem sair do lugar. É tristeza que paralisa no remorso, na lástima, no mórbido ruminar as faltas passadas, na lamuria sem fim. Nada se transforma, nada se metamorfoseia, nada muda. É tristeza que não conhece a esperança, o futuro, por estar afogada no passado. É Tristeza que mata, que corrói, que faz adoecer. Como exemplo, atente-se às tristezas próprias do mundo da aparência: a anorexia, a bulimia, sofrimento de um corpo que morre para parecer belo. Ou a tristeza do consumo: esse mal-estar diabólico que leva do nada a lugar nenhum. A tristeza da guerra, da destruição que faz morrer a palavra e perpetua o ódio.
A tristeza segundo Deus, porém, produz mudança, movimento, superação, transformação, produz vida. É tristeza que não patina nas culpas, mas avança na responsabilidade. Tristeza de parturiente, que traz a esperança e o futuro no ventre. É tristeza que gera a sagrada ira, a santa indignação, o grito, a libertação."
Em tempos onde se vende a felicidade como um bem de consumo e cujo modelo de "sucesso na vida" é um sorriso do tipo propaganda de creme dental, é bom saber que um pouco de tristeza e melancolia não faz mal a ninguém.
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